Menu | Portal Alvorada, Portal de Noticias da BR-429 |
|
8 |
�Previsão do tempo
Ir ao espaço deixará definitivamente, nos próximos anos, de ser uma odisseia de ficção científica para se tornar um plano de férias de milionários dispostos a pagar quantias estratosféricas para realizar uma espécie de "cruzeiro" à Lua com vista para Terra.
Após os astronautas de carreira, serão os turistas os próximos humanos a desfrutar da falta de gravidade, dos menus desidratados e da paisagem terráquea à distância com a única missão de viver uma experiência inesquecível.
O preço da passagem será, por enquanto, acessível para poucos: a tarifa mais barata custa cerca de US$ 95 mil por pessoa.
A exploração comercial através do investimento privado passou a ser a grande alternativa para financiar a exploração espacial que até agora se alimentava dos custosos programas públicos pagos pelas grandes economias mundiais.
Com a descoberta do turismo rentável e após especialistas perceberem que a manutenção de alguns veículos espaciais tinha deixado de ser boa economicamente, o que fez com que o Endeavour e o Discovery fossem tirados de circulação e agora sejam expostos em museus dos EUA, alguns empresários resolveram optar por esse tipo de turismo orbital.
Fonte: Uol Noticías
As viagens para fora da Terra poderão ser feitas pela nave SpaceShipTwo (SS2), da Virgin Galactic, empresa do britânico Richard Branson; a cápsula Dragon Space X, do fundador do Pay Pal, Elon Musk; o veículo New Shepard, da companhia Blue Origin, do criador da Amazon, Jeff Bezos; e o Lynx, da XCOR Aerospace, fundada por Jeff Greason, ex-Intel.
O SS2 ultrapassou nesta semana a barreira do som em um voo de teste que saiu da Califórnia, nos Estados Unidos, e segundo declarou Branson, sua aeronave, com capacidade para 6 passageiros e dois pilotos, estará pronta para realizar uma viagem espacial no fim de 2013.
"Este é seu primeiro passo para ser um astronauta", diz a página de venda de passagens para o SS2, que oferece lugares por US$ 200 mil para participar desta viagem suborbital, incluindo traje espacial e a experiência da falta de gravidade.
Artistas como Ashton Kutcher, Tom Hanks, Angelina Jolie e Katie Perry são alguns que fizeram um depósito de US$ 20 mil para garantir um lugar no SS2, que é o protótipo mais avançado de todos os que concorrem para colocar os turistas em órbita.
A XCOR tenta se diferenciar de seus concorrentes prometendo "algo realmente de astronauta" que consiste em pôr o viajante na cabine do Lynx pelo módico preço de US$ 95 mil para um voo que alcançará 100 quilômetros de altitude durante pouco mais de 4 minutos, apesar de o veículo não estar pronto até o final de 2014.
A XCOR calcula que, nos próximos 10 anos, haverá 20 Lynx operacionais. Como o setor é carente de mão de obra, a companhia busca funcionários. Somente a Blue Origin tem quase 30 ofertas de emprego por dia em seu site.
Os pioneiros em transformar o espaço em uma atração turística foram os fundadores da empresa Space Adventures, que entre 2001 e 2009 levaram sete pessoas até a ISS a bordo da nave Soyuz, entre eles Dennis Tito, o primeiro turista espacial, que passou uma semana fora do planeta.
Ao contrário de seus rivais, a Space Adventures não fabrica seus próprios veículos e fechou um acordo com a Tatu Aerospace para utilizar seu protótipo de viagens, ainda em desenvolvimento, e oferecer pacotes turísticos por US$ 102 mil.
A companhia projeta um cruzeiro para dar a volta na Lua, que será realizado com tecnologia russa, mas não foram dados muitos detalhes a respeito. Já a empresa britânica Excalibur Almaz e a americana Golden Spike afirmam que seus turistas poderão pisar a superfície lunar, como Neil Armstrong em 1969.
A SpaceX quer ir mais à frente e mira Marte. Sua cápsula Dragon é a escolhida pelo projeto Mars One para enviar terráqueos ao planeta vermelho em uma viagem sem retorno.
O recrutamento começou em 22 de abril pela internet. Em apenas dois dias, já houve 33 mil solicitações de pessoas dispostas a deixar para trás para sempre a Terra.
A Mars One se propôs a estabelecer o primeiro assentamento no planeta vizinho em 2023 e bancar os custos da missão com publicidade.
O projeto será televisionado, como um "Big Brother", do princípio ao fim, desde o processo de seleção dos participantes até a viagem e as posteriores crônicas marcianas.