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Indio é condenado a mais de 30 anos por estupro
Indio é condenado a mais de 30 anos por estupro

30/05/2013 15h50 - Atualizado em 30/05/2013 16h03

Indio é condenado a mais de 30 anos por estupro e homici­dio, em Rondônia

Indigena foi julgado como cidadãoo comum nesta quinta-feira, 30, em Cacoal.
Juri entendeu que Edmundo Surui­ foi o autor do crime cometido em 2002.

 

Magda Oliveira Do G1 RO

 
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O índio Edmundo Suruí foi condenado a 30 anos e seis meses de prisão por estupro e assassinato de uma menina de 13 anos, ocorrido em agosto de 2002, no Distrito Riozinho, distante 10 quilômetros de Cacoal (RO). O julgamento terminou na madrugada desta quinta-feira (30), no município, e as sete pessoas que compuseram o júri popular foram unânimes na decisão. O pai da vítima, Sandoval Vilela Ramos, ficou satisfeito com a pena e diz que a partir de agora poderá viver tranquilo.

Fórum de Cacoal, onde aconteceu o julgamento do índio suruí (Foto: Magda Oliveira/G1)
Fórum de Cacoal, onde aconteceu o julgamento do
índio suruí (Foto: Magda Oliveira/G1)

De acordo com a Justiça, após cometer o crime Edmundo ficou foragido até abril de 2009, quando foi detido em regime de semiliberdade, na Aldeia Sete de Setembro, pois estava amparado pela legislação que rege o Estatuto do Índio. Mas após a condenação, o indígena foi levado, imediatamente, para a Casa de Detenção de Cacoal.

“O juiz entendeu que o índio deveria ser julgado como cidadão comum, totalmente integrado na sociedade, por isso revogou o regime de semiliberdade e o transferiu para a Casa de Detenção, para cumprir a pena”, explicou o advogado de defesa do Suruí, Valdinei Santos Souza Ferres. Os quatro anos cumpridos em regime de semiliberdade serão abatidos.

A defesa informou que entrará com pedido de habeas corpus, na manhã de sexta-feira (31) para tentar resgatar o regime de semiliberdade ou transferir o acusado para uma sala na Fundação Nacional do Índio (Funai). “A defesa entende que o Edmundo deveria ter sido julgado como indígena e não como cidadão comum, pois para isso existe uma lei que garante esse direito”, desabafa o advogado Valdinei.

Entenda o caso
O pai da vítima, a menina de 13 anos, conta que no dia 31 de julho de 2002 a filha saiu por volta das 21h, sozinha, para ir à festa de aniversário de uma amiga, em Riozinho, onde havia vários índios entre os convidados . Durante a festa, a garota ingeriu bebida alcoólica e ficou embriagada. Através de informações colhidas entre as pessoas que estavam na festa, o pai descobriu que a filha deixou o local, acompanhada de uma amiga, e de dois indígenas.

“Pelo que descobri minha filha saiu da festa com o Edmundo e uma amiga dela saiu com outro índio, depois que saíram as duas se perderam e a amiga não viu mais minha filha”, conta o pai.

No dia seguinte, Sandoval encontrou a filha nua, com sinais de violência sexual e morta por asfixia, no fundo de uma chácara de plantação de frutas, na área rural do distrito.

Sandoval disse ao G1, que está satisfeito com a condenação de Edmundo Suruí e que agora poderá viver tranquilo. “Esse criminoso está preso, vai pagar pela atrocidade que cometeu contra a minha filha, que era apenas uma criança e tinha a vida toda pela frente, e foi interrompida”, diz emocionado.