Os políticos do passado roubaram, desviaram, se locupletaram com o dinheiro do Beron, diz Cassol
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Ivo Cassol pede revisão da dívida do extinto Banco de Rondônia
O senador Ivo Cassol (PP-RO) afirmou, nesta quarta-feira (5), que a revisão da dívida do extinto Banco de Rondônia (Beron) é uma questão de justiça social. O pedido já está na pauta da reunião da Câmara de Conciliação e Arbitragem Federal (CCAF), que decidirá se suspenderá ou não a dívida.
Cassol explicou que desde 2003 luta pela revisão dessa dívida que segundo ele, foi fruto de uma administração "desastrosa" exercida pelo Banco Central na década de 1990.
- Os políticos do passado roubaram, desviaram, se locupletaram com odinheiro do Beron, com os financiamentos fraudulentos, impagáveis e, ainda por cima, com a intervenção do governo federal – protestou.
Cassol explicou que o Beron foi submetido pelo Banco Central ao Regime de Administração Especial Temporária entre fevereiro de 1995 a agosto de 1998, quando a dívida da instituição financeira cresceu de R$ 48 milhões para R$ 548 milhões.
O senador ressaltou que a dívida faz com que o estado tenha descontado, todo mês, R$ 14 milhões do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
- Nós, aqui, não queremos o perdão da dívida, não queremos esmolas, o que queremos é a revisão da dívida e pagar aquilo que devemos. Negamos o que não devemos e que, infelizmente, colocaram no lombo do povo do nosso estado - disse.
Cassol ressaltou que esse dinheiro poderia estar sendo investido em outras áreas do estado que estão em situação dificil, como saúde, agricultura, infraestrutura e educação.
- Esta dívida é hoje impagável. Esses pagamentos devem ser suspensos imediatamente.
Se calcularmos, Rondônia tem dinheiro em haver do governo federal, por conta de tudo o que já pagou. Só para se ter uma ideia, de 1999 pra cá, nesses mais de 14 anos, com descontos do FPE, Rondônia já pagou mais de R$ 2 bilhões ao governo federal – disse.